Madri. (Outubro/2022)
URUGUAY
«Nesse período, não foram registrados eventos que afetassem o nível de liberdade de imprensa que prevalece no país. Não existem restrições legais que afetem o direito dos cidadãos à informação ou limitem a atividade dos meios de comunicação ou restrinjam o livre exercício da atividade jornalística.
A exceção é uma lei de 2017 que prevê a criminalização de jornalistas, que podem ser presos por reportar. A SIP expressou sua preocupação porque a lei foge da tradição do país e conspira com todos os avanços realizados em nível interamericano e universal para que a ameaça de prisão contra jornalistas não seja suspensa.
O debate público tem sido afetado pela polarização política e por mensagens nas redes sociais que contaminaram ou complicaram o espectro da informação e da discussão. Algumas práticas proliferaram, como anonimato, falta de responsabilidade legal, desrespeito à privacidade e disseminação de mensagens fundamentalistas e discriminatórias.
O dilema é que essa luta político-partidária e ideológica pretende arrastar a liberdade de imprensa. Um risco grave, pois é notório que nessas discussões (nas quais se observam denúncias, denúncias, informações falsas e meias-verdades), além de lideranças políticas, participam e militam os jornalistas e organizações ligadas à questão da informação.
Não é tarefa da SIP julgar ou decidir quem está certo ou errado. No entanto, não se pode permitir que a liberdade de imprensa seja utilizada para fins que não condizem com sua finalidade básica, para que os cidadãos exerçam seu direito à informação.
A SIP recebeu uma denúncia do renomado jornalista, escritor e professor Alfonso Lessa, que realiza um trabalho investigativo pelo qual recebeu ameaças de diversas formas, além de advertências pontuais que poderiam até ter causado um acidente de carro em agosto 19. Lessa, jornalista investigativo do Canal 4, apresentou a denúncia às autoridades competentes, mas até agora não obtiveram resultados. Esse tipo de advertência física e direta não é comum no país, por isso causa especial preocupação para a SIP.»
Esta vice-presidência tem atuado em casos que foram denunciados ou tornados públicos. Em colaboração com outros membros da SIP, como Danilo Arbilla, foram levantadas questões e preocupações junto à Presidência da República, Ministério do Interior (Polícia), Procuradoria Geral da República e legisladores».
Texto original retirado do site SIP